A campanha mundial “16 Dias de Ativismo pelo fim da Violência contra as Mulheres” foi tema do uso da ‘Tribuna Livre’ da terça-feira (26). A mobilização prossegue até o dia 10 de dezembro com o engajamento na prevenção e eliminação da violência contra mulheres e feminicídio.
A vereadora e procuradora da Mulher, Professora Ana Lúcia Rodrigues, lembrou que a cada 10 minutos, uma mulher ou menina é morta por seu companheiro ou outro familiar no mundo e que o feminicídio é o último estágio de uma violência que começa quase imperceptível.
“O feminicídio não acontece do nada, de uma relação pacífica e carregada de amor. A violência começa disfarçada com violência psicológica, avança com a violência física até a morte de uma mulher”, ressaltou a vereadora.
Ana Lúcia ainda lembrou que apesar da efetivação de políticas públicas, ainda sim o culto à violência é um grande algoz na luta contra a violência contra as mulheres, assim como o machismo e a perpetração dessa sociedade em que as mulheres não são respeitadas. “Esse contexto alimenta os sujeitos que se sentem no direito de terem a posse de uma mulher, considerando prioprietários, ao ponto de matá-las quando elas querem sair da relação”.
A secretária municipal de Políticas Públicas para as Mulheres, Terezinha Pereira, ressaltou que a luta é pela garantia de direitos das mulheres para “poderem exercer cidadania plena e usufruir o que garante a Constituição Cidadã”. “Vinte e nove anos se passaram e o que mudou? Nós continuamos morrendo, sendo estupradas e violentadas em um quadro de estatísticas negativas desse país”.
Terezinha enfatizou que a sensibilização contra a violência à mulher deve ser iniciada ainda na escola, pois a educação é fundamental na “descontrução do machismo hereditário e cultural nesse pais”. “Precisamos ensinar nossas meninas que elas podem ser o que elas quiserem ser nesse país, e nossos meninos à respeitá-las, porque as meninas de hoje serão as mulheres de amanhã”.
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