Os municípios paulistas de Piracicaba e Paulínia se tornaram referência nacional de investimentos e inovações na área ambiental, solucionando a coleta, o tratamento, o aproveitamento e o destino final do lixo. Para conhecer esses processos os vereadores Chico Caiana, Luizinho Gari e Jones Dark estiveram nos dois municípios na quinta e sexta-feira, dias 10 e 11 de setembro.
A primeira cidade visitada, Piracicaba é muito parecida com Maringá, em tamanho e produção de lixo. Tem cerca de 370 mil habitantes e produz em média 400 toneladas de lixo por dia. Até pouco tempo a cidade vivia o mesmo drama que Maringá. Não tinha qualquer tipo de tratamento de lixo, não tinha coleta seletiva, as cooperativas de reciclagem funcionavam precariamente e todo o lixo da cidade era jogado num lixão a céu aberto, que produzia altos níveis de poluição.
A solução veio por meio de uma PPP, parceria público Privada, onde uma empresa investe na solução de um problema, na forma de concessão por tempo determinado e, ao final deste tempo, todo os equipamentos e instalações passam para o poder público.
Investimento - O investimento inicial da empresa Ambiental Piracicaba foi orçado em R$ 250 milhões, para construção de um CTR (Centro de Tratamento de Resíduos) capaz de receber, separar, tratar, utilizar e dar destino final a todo o lixo da cidade, com possibilidade de atender a cerca de 30 municípios da região.
O valor do contrato da PPP, iniciado em 2012, é de cerca de R$ 2 bilhões que serão pagos pelo município ao longo de 20 anos.
Nesse período, a Ambiental será responsável pela operação de todo lixo da cidade, desde a coleta até a destinação final, onde o lixo é separado em reciclável, e o restante utilizado para a produção de biogás e CDR (Combustível Derivado de Resíduo), material para a produção de energia térmica, vendido a empresas que utilizam sistemas de caldeiras.
Com 550 mil metros quadrados e instalações o Ecoparque que os vereadores de Maringá conheceram em Piracicaba atende o que determina o Plano Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010). Uma tecnologia avançada, que não desperdiça nem mesmo o chorume, aquele líquido escuro e mau cheiroso que sai do lixo.
Paulínia - Depois de Piracicaba, Chico Caiana, Luizinho Gari e Jones Dark estiveram em Paulínia, onde, apesar da chuva, conheceram dois sistema interessantes, que podem ser trazido para Maringá. Na cidade, viram este sistema, que permite a coleta de lixo e a manutenção de containers, que evita sujeira e mau cheiro na cidade.
Depois visitaram uma cooperativa de catadores de recicláveis, a Cooperlínia, que se tornou modelo e tem levado a sua experiência para diversas regiões do país.
A Cooperlínia separa, processa e revende, revertendo em renda para dezenas de famílias.
A organização da cooperativa é tão grande que além de garantir um salário mínimo de cerca de R$ 2 mil para cada trabalhador, ainda tem assistência médica, odontológica, e um plano de carreira, onde um reciclador pode chegar até a diretor.
