O vereador Jean Marques representará a Câmara Municipal na comissão que irá analisar o contrato firmado pelo município de Maringá com a Sanepar. A comissão, criada por um decreto assinado ontem pelo prefeito Ulisses Maia, é composta também pelo Presidente da Associação Comercial de Maringá, José Carlos Valêncio, e pelo advogado do Sindicato dos Empregados no Comércio de Maringá Walter de Souza Fernandes. Eles terão 90 dias para estudar o contrato e apresentar seu parecer, que pode ser pela continuidade do atual contrato, por uma nova licitação do serviço de água e esgoto, ou pela sua municipalização.
Ulisses lembrou que o contrato assinado em 1980 por 30 anos, venceria em 2010, mas em 1996 o prefeito da época assinou decreto renovando-o. Porém, como a matéria não passou pela Câmara, o decreto foi considerado nulo nas primeiras instâncias da Justiça, e agora aguarda decisão final.
O presidente da Sanepar veio a Maringá três dias após uma comitiva de vereadores ter visitado a unidade de captação da Sanepar para vistoriar o que a empresa realizou desde a grande crise no abastecimento de água de janeiro de 2016. Também participaram da reunião de ontem na Prefeitura, onze vereadores além de presidentes de entidades de classe do município. Antes do encontro, a Companhia trouxe para expor em frente ao Paço Municipal, um motor de 8 toneladas e mais 7 motores menores, submersíveis, parte do investimento da Companhia após o desastre de 2016.
Segundo Mounir, foram investidos desde então R$ 23.573.007,99, aplicados na construção do reservatório de 2 mil m3 no Cidade Alta, implantação do Novo Centro de Controle Operacional, ampliação da rede de distribuição, perfuração de 4 poços artesianos, aquisição de dois motores sobressalentes e 7 conjuntos motobombas submersíveis e de novos quadros de comando (eletrocentros).
Mounir citou o excepcional volume de chuva em janeiro passado, segundo ele, o maior acumulado em um dia nos últimos 40 anos, que inundou e paralisou o sistema de captação de água no Pirapó, e prejudicou o abastecimento por 10 dias para cerca de 340 mil maringaenses. E garantiu que se isso voltar a acontecer, hoje a normalização do sistema poderia ser feita em no máximo 48 horas, com a instalação dos motores reservas.
O presidente da Câmara de Maringá, Mário Hossokawa, lembrou da visita que os vereadores fizeram na terça-feira à estação do Pirapó, e reafirmou a preocupação com a demora na instalação dos novos equipamentos. Disse que preferiria que os equipamentos, em vez de nos caminhões, já estivessem instalados.
O presidente da Sanepar disse que as obras estão dentro do prazo, por terem que seguir o tempo dos processos licitatórios. Ele garantiu que as obras estarão prontas até o início do próximo semestre.
O vereador Alex Chaves elogiou o esforço da empresa para evitar novas crises, mas disse que continuará cobrando rapidez na finalização das obras. O vereador Carlos Mariucci também elogiou o serviço prestado, pela dedicação de seus funcionários, mas disse que continuará questionando “os altíssimos custo das tarifas cobradas pela empresa”.
O vereador Jean Marques citou que apesar de as chuvas de janeiro de 2016 terem sido excepcionais, o grande problema foi a falta de plano da empresa até então para enfrentar essas emergências. Ele criticou também a falta de informação correta na época para a população. “Diziam que a água voltaria amanhã, passavam dias, e anunciavam de novo. Com isso as pessoas não se preparavam”.
Já os vereadores Onivaldo Barris, Odair Fogueteiro e Willian Gentil aproveitaram a presença do presidente para pedir a ampliação da rede de esgoto na cidade. Para os distritos de Iguatemi, Floriano e os bairros Jardim Rebouças, Atenas, Alvorada III e Paulista.
Mounir garantiu que na próxima vez que voltar a Maringá trará um cronograma de obras para atender a esses pedidos.
Reunião com Sanepar, Prefeito e Vereadores
Reunião com Sanepar, Prefeito e Vereadores
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