
Em função de acertar detalhes no relatório, a CPI do Parque Industrial solicitará à Câmara Municipal de Maringá alguns dias de prorrogação. O prazo de três meses, definido pelo Regimento Interno da Casa, extingue-se no próximo dia 21. Além disso, é importante considerar o feriado nacional de Corpus Christi, comemorado amanhã (15), seguido pelo final de semana.
Na reunião desta quarta-feira (14), foram ouvidos João Sanches Junqueira Junior, engenheiro civil da construtora Sanches Tripoloni; Paulo Sérgio Magalhães e Silva, da Monterrey Construtora e Obras; Giuseppe Leggi, do consórcio Lepavi Extracon; Laércio Barbão, ex-secretário municipal de Planejamento e Urbanismo; Fernando Camargo, ex-secretário municipal de Obras Públicas e Adolfo Cochia, ex-secretário municipal de Planejamento e Urbanismo.
João Sanches afirmou que o contrato foi cumprido e pago. Segundo ele, a empresa possui documentos atestando o recebimento da obra com assinatura dos fiscais responsáveis. Giuseppe Leggi estranhou a convocação pela CPI porque o consórcio nunca foi notificado sobre qualquer problema pela prefeitura. “Estamos em contato com o Executivo, praticamente, toda semana. Ninguém reclamou de nada. A cidade é pequena e poderíamos, tranquilamente, termos conversado sobre uma possível dúvida e até correção antes”, comentou. Paulo Magalhães disse aos vereadores que esse contrato foi “um negócio horrível para ele”. O empresário afirmou que gostaria que sua parte estivesse concluída, mas não depende dele. Ele alega que precisa da instalação dos alimentadores e que, desde o início do contrato, já fez retrabalhos em função de mudanças na legislação. “Além disso, estou pagando um vigia para evitar furto de fios de cobre no Parque Industrial. Gostaria que essa CPI terminasse o quanto antes para negociar com a prefeitura o reequilíbrio financeiro da obra”, finalizou Magalhães.
Em resumo, os ex-secretários alegaram o cumprimento de suas funções nos respectivos cargos e a melhor atuação possível para a entrega do Parque Industrial de Maringá.
Na opinião do presidente da CPI, vereador Flávio Mantovani, o resultado dessa série de depoimentos foi muito bom e auxiliará na conclusão do relatório.
A existência da CPI do Parque Industrial deve-se a uma série de falhas que está protelando seu funcionamento. Entre elas estão: falta de sistema de drenagem de águas pluviais, abastecimento de água, ligação da rede de esgoto, estações de tratamento de esgoto, rampas de acesso fora do padrão, ausência de alimentadores de energia elétrica, rotatória improvisada e ruas com 10,5 metros de largura quando a legislação municipal exige 12 metros.
O empreendimento foi iniciado e entregue parcialmente na gestão passada. Por falta de estrutura, até o momento, nenhuma empresa se instalou no local.
Além de Flávio Mantovani, também participam da equipe Chico Caiana (relator), Homero Marchese (membro), Odair Fogueteiro (membro) e Mário Verri (membro). Conforme o Regimento Interno da Casa, a CPI tem 90 dias para concluir seu relatório com possibilidade de prorrogação por até 45 dias.
Betânia Rodrigues
(44) 3027-4053
Reunião da CPI do Parque Industrial - 14/06/2017
João Sanches Junqueira Junior, engenheiro civil da construtora Sanches Tripoloni
Giuseppe Leggi, do consórcio Lepavi Extracon
Paulo Sérgio Magalhães e Silva, da Monterrey Construtora e Obras
Laércio Barbão, ex-secretário municipal de Planejamento e Urbanismo
Fernando Camargo, ex-secretário municipal de Obras Públicas
Adolfo Cochia, ex-secretário municipal de Planejamento e Urbanismo