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Especialista fala na Câmara sobre a valorização da vida nos cuidados paliativos
Assessoria de Imprensa - CMM 30/10/2025

Tratamento paliativo busca melhorar a qualidade de vida de pacientes com doenças graves e também de seus familiares



A Câmara de Maringá abriu espaço, na sessão desta quinta-feira (30), para a especialista em cancerologia pediátrica e aperfeiçoamento em cuidados paliativos, Fabíola Lie Nishimoto, falar sobre o tratamento paliativo. O convite partiu do vereador Sidnei Telles.


O tratamento paliativo busca melhorar a qualidade de vida de pacientes com doenças graves e também de seus familiares. Ele pode ser aplicado em qualquer fase da doença e atua em conjunto com outros tratamentos para controlar sintomas e proporcionar bem-estar.


O Ministério da Saúde destaca entre os princípios da política de tratamento paliativo “a valorização da vida e a aceitação da morte como parte natural da existência; o respeito à autonomia e às preferências do paciente; a oferta de cuidados ao longo de todo o ciclo da vida e a recusa de intervenções desproporcionais ou que prolonguem artificialmente o processo de morrer”.


O vereador Sidnei Telles enfatizou que a convidada é uma profissional de excelência “cuja trajetória marcada pela competência, sensibilidade e dedicação ao cuidar do humano”. “A doutora Fabíola vem contribuindo de forma notável para o avanço e a humanização da medicina em nossa cidade. O cuidado paliativo não é sobre morrer, é sobre viver bem até o fim. Os cuidados paliativos não se limitam ao tratamento de uma doença, eles envolvem acompanhar o paciente e sua família com acolhimento, conforto e dignidade, ajudando a lidar com a dor, o medo e o luto”.


A doutora Fabíola destacou que os cuidados paliativos são direito de todos os cidadãos e quando esgotados todos os recursos terapêuticos a reação mais assustadora é o sofrimento físico, mas além disso, há a preocupação com a perda da dignidade.


“O paciente começa a se preocupar com o fato de não conseguir o autocuidado e ter seus sonhos realizados. Ele tem o receio de ser um peso para a família porque vai precisar de ajuda, nesse momento de fim de vida e, além disso, não conseguir gerar a renda necessária para seu autossustento”, explica a médica.


A especialista destacou que 0,3 % da população brasileira recebe cuidados paliativos. “Exatamente o que vocês ouviram. Menos de 1% consegue esse tipo de cuidado, seja pacientes do Sistema Único de Saúde ou do sistema privado”.


“Somos um dos piores países para se morrer com dignidade no mundo. Estamos na 79º posição entre 80 países pesquisados. O cuidado paliativo se refere a uma abordagem muito mais relacionada à qualidade do que a quantidade de vida e deve ser iniciado preferencialmente a partir do momento do diagnóstico”.


A doutora Fabíola ressaltou a importância da qualificação de profissionais. “Não adianta ter uma equipe no posto de saúde extremamente qualificada, cuidando dos pacientes, se no hospital, nós temos médicos que não conseguem compreender a importância do cuidado paliativo como segmento no hospital” e acrescentou: “Pequenas ações locais podem gerar grande impacto humano. O sofrimento pode se transformar em dignidade, o desamparo virar acolhimento e a dor dar lugar a paz”.


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